Poema Vampirico

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pelas alamedas estreitas
passeamos de mãos dadas.
Olhando os vitrais
e as paredes pintadas
relembramos
nossas histórias
passadas:

Lembra, minha adorada?
quando bebi seu sangue
você gemeu de tesão
e quando do meu provou,
chorando,
gozou em minhas mãos.

Sim, amado meu,
teu falo
- flecha escarlate intumescida -
me devolveu à vida
e dela me perdeu.
Sorvemos até o fim
o sumo
dos nossos cálices

Ainda molhados
fomos de encontro
aos humanos seres
de estacas
e balas de prata,
perdidos.

Esvaecidos,
nossos despojos
enregelados
dormem aqui
abraçados sob a lápide.
Granito inexorável.

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